domingo, 4 de maio de 2014

Dica de manutenção Topeak: Leves e portáteis, ferramentas salvam ciclistas na hora do aperto

Aqui vão algumas dicas da Topeak sobre ferramentas e manutenção durante as trilhas. Espero que gostem!
Fonte: Topeak
As ferramentas são essenciais para todo tipo de ciclista. Contar com um bom conjunto de peças leves e funcionais é fundamental para garantir segurança durante o trajeto. Com design inovador e tecnológico, estas peças podem ajudar em situações como pneu furado, corrente quebrada e problemas nas marchas. Por isso, quem pedala sabe: é preciso estar preparado.
Miniferramenta Topeak com diversas funções. Fotos: Divulgação/Topeak
Miniferramenta Topeak com diversas funções.
Fotos: Divulgação/Topeak
Estar no meio de uma trilha ou de uma viagem de bicicleta e ser impedido de continuar o pedal por conta de um desses problemas é algo que já aconteceu com todo o ciclista. Atualmente, porém, só passa aperto quem quer: miniferramentas e minibombas leves, portáteis e tecnológicas, que cabem no bolso, agem em favor dos apaixonados por bike.
Ciclista utilizando a minibomba Topeak durante a trilha. Fotos: Divulgação/Topeak
Ciclista utilizando a minibomba Topeak durante a trilha.
Fotos: Divulgação/Topeak
“A tecnologia SmartHead, presente nas minibombas Topeak, facilitou a vida dos ciclistas. Com ela, é possível calibrar válvulas com os bicos Presta ou Schrader (bico fino ou bico grosso) sem a necessidade de inverter as partes internas. Outra grande vantagem são as bombas portáteis. Elas são muito fáceis para calibrar, principalmente os pneus das bikes de estrada que são de alta pressão”, afirma Rafael Zambon, o Pantera, coordenador de vendas da Topeak no Brasil.
Além de minibombas, quem pedala pode carregar no bolso um canivete com mais de 16 funções para consertar sua bicicleta durante uma trilha, passeio ou viagem. Esses equipamentos que ocupam pouco espaço na bagagem são fundamentais na hora da manutenção.
Minibomba no quadro da bicicleta: ocupa pouquíssimo espaço, com baixíssimo peso. Fotos: Divulgação/Topeak
Minibomba no quadro da bicicleta: ocupa pouquíssimo espaço, com baixíssimo peso.
Fotos: Divulgação/Topeak
“As miniferramentas são cada vez mais portáteis e leves. Essas peças podem oferecer até 20 tipos diferentes de funções e pesar algo em torno de 150 gramas. Com o excelente design e qualidade, a marca se torna um sonho de consumo. Fica muito fácil na hora de comprar algum produto para a bike”, finaliza Pantera.

Fonte: Pra Quem Pedala

Dica: Como melhorar a sua velocidade nas subidas


A GCN fez um bom vídeo com dicas para quem quer aumentar a sua velocidade nas subidas e aguentar os treinos e corridas mais fortes.

Tradução

1 – Tenha marchas leves
Até mesmo os profissionais utilizam relações muito leves, como 34×32, dependendo da subida. Ter a opção de uma marcha leve é importante para subir bem, mantendo uma cadência confortável por mais tempo.
2 – Mantenha um ritmo
Para enfrentar subidas longas, você precisa conhecer o seu ritmo. As vezes você quer perseguir alguém, ou acelera demais no pé da subida e acaba quebrando. Poupe energia, segure até metade da subida e depois disso você pode ir no 100%.
3 – Recupere-se
Quando a inclinação der uma aliviada, procure tentar recuperar um pouco de fôlego. Isso ajuda a chegar ao todo da subida mais inteiro.
4 – Posicione-se bem no grupo
Tente ficar mais na frente do grupo para ter espaço para “sobrar”. Se ficar na ponta do pelotão e não aguentar o ritmo, você pode diminuir o ritmo e ainda ficar no pelote. Se já tiver na rabeira, vai se desconectar do grupo.
5 – Perca peso
Melhor que seja no corpo, mas também pode ser na bike, acessórios e equipamentos. A relação peso x potência é o principal fator nas subidas.
6 – Use um medidor de potência
Use o medidor de potência para se manter em uma ritmo forte, mas que você sabe que aguenta durante muito tempo. Se após um terço da subida, você estiver se sentindo bem, comece a acelerar gradualmente.
Por conta da adrenalina em dias de corridas, você pode render até 20% mais do que seu máximo em um dia de treino normal.

Fonte: Pra Quem Pedala

Dica de como chegar em casa em caso de quebra de câmbio traseiro


Olá pessoal, está aqui mais um vídeo da GCN com dicas de manutenção. Nesse vídeo eles explicam como você deve fazer caso seu câmbio traseiro quebre.
Nesse caso, você precisará transformar a sua bike em uma “Single Speed” (uma marcha só). Para isso você precisará de um canivete multi-ferramente com chave de corrente.
O primeiro passo é retirar o câmbio traseiro. Você deve retirar o cabo do câmbio e se certificar de que o restante do cabo fique bem preso e longe do cassete.
Depois você precisará encurtar a corrente, o ideal é que se coloque a corrente na coroinha e em um pinhão no meio do cassete. Abra a corrente e retire-a da relação. depois, posicione a corrente na marcha que você quiser e veja qual o pino que você deve tirar, deixando a corrente o mais justa possível.
Na hora que retirar o pino, não o empurre totalmente para fora da corrente, você precisará dele encaixado para colocar a corrente de volta.
Coloque novamente a corrente e gire o pedal para ver se deu certo.
Evite dar trancos no pedal e tente chegar o mais rápido possível em casa.

Fonte: Pra Quem Pedala

Dicas de bons comportamentos sobre a bicicleta



Algumas dicas de bons comportamentos sobre a bicicleta. Vale a pena Ler e aprender! Não passa de bom senso.
1 - Quando cruzar com outro ciclista, não o ignore, cumprimente-o
2 – Aponte dos buracos na rua para seus companheiros de treino
3 – Compartilhe a sua comida! Se ver um companheiro com “prego de fome” ofereça a sua comida para ele
4 – Ajude ciclista com problemas mecânicos. Um dia você pode precisar de ajuda também
5 – O “empurrão da esperança”: Se alguma pessoa de seu grupo sobrar em uma subida, é de bom grado que um ciclista mais forte vá lá e dê um empurrão para ajudar na subida e para manter o grupo junto.
6 – Leve dinheiro: Se um companheiro estiver sem dinheiro, e pararem em um local para comer, compre alguma coisa para ele.
7 – Não PEIDE! Não há nada pior que estar na roda de alguém e sentir aquele cheiro de esgoto… Então minha dica é… Se precisar, vá para o final do pelotão!
8 – Quando alguém está iniciando no ciclismo, orientar oferecer ajuda, quando ficar a traz por falta de fôlego e pernas, incentivar e não desmotivar.
9 - Pensar em ajudar o amigo (A) quando quebrar ou furar um pneu, pq o dia de amanhã pode ser vc que podem estar precisando de um apoio!
10. Respeitar os limites de cada um pq um, dia vc está bem e estar na frente outro dia vc podem estar mal está lá atrás.

Luciomar Carvalho
 

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Dicas de Pilotagem para Mountain Bike.

Qual a Melhor maneira de fazer uma descida.
- -_A técnica de descida é um dos itens importantes na pilotagem. Afinal, durante as trilhas, além das cansativas subidas, muitas vezes íngremes, o caminho para baixo, embora aparentemente mais tranqüilo, não é menos trabalhoso para os atletas e praticantes.
- -_Ao preparar-se para a descida, é importante observar os seguintes itens:
# Qual o tipo de terreno da descida?
# Existem erosões ou o chão é liso?
# Qual a posição do piloto na bike?
# Qual a velocidade do piloto?
# O biker é experiente?
# A bike tem suspensão dianteira e traseira?
# O biker já conhece a descida?
- -_Todas essas preocupações precisam ser levadas em conta pelo praticante. Essa ação garantirá uma descida mais segura, sem abrir mão da adrenalina.
- -_O primeiro passo, portanto, é verificar o tipo de terreno. Se este for mais liso, a velocidade desenvolvida poderá ser maior. Se tiver muitas erosões, será necessário diminuir a velocidade e tomar mais cuidado.
=> Em terrenos mais lisos, é possível desenvolver maior velocidade <=
- -_Pronto para frear - A posição do atleta na bike também é muito importante. O piloto precisa estar com o peso deslocado para trás, com o intuito de ajudar na estabilidade e no equilíbrio. - -_Depois que este já tiver analisado o terreno e a posição de descida, ele terá de prestar atenção na velocidade.
=> É preciso ter mais cuidado nos trechos com erosões <=
- -_Caso chegue a um local com erosões mais rápido do que o previsto, ele poderá cair e se machucar. Normalmente ele deverá frear em qualquer descida porque, sem o menor sinal, pode aparecer uma erosão do tamanho da bike dele. Atenção, observação e cautela são pontos fundamentais para uma descida sem acidentes.
- -_Essa cautela também é importante para os pilotos mais experientes. Já ter feito várias descidas bem sucedidas não habilita nenhum biker a deixar de lado as normas básicas de segurança. A confiança excessiva pode ter, como conseqüência, sérias lesões e até afastamento temporário das pedaladas. É preciso não esquecer também os equipamentos e acessórios adequados, como luvas e capacetes.
- -_Quando chegar ao fim da descida, aproveite para descansar e curtir o visual. Prepare-se, descanse e recarregue as energias... para a próxima subida!
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Qual a melhor maneira de fazer uma descida?
- -_Um dos mitos com relação à técnica de descida de mountain bike é que não é preciso apenas soltar a bike ladeira abaixo, é necessário saber se posicionar numa descida, assim como numa curva em downhill para que não haja nenhum acidente.
-=> O movimento impede que o pneu traseiro levante <=
- -_A atleta Adriana Nascimento dá dicas importantes sobre essa técnica de pilotagem. O básico na descida é o posicionamento do corpo na bicicleta. Muitos pensam que pra fazer uma curva na descida é preciso com o braço virar o guidão da bicicleta. Nem sempre é assim. Às vezes você nem vira o guidão, é um jogo de joelho, quadril e ombro que leva a bicicleta pra trajetória correta.
=> O corpo deve ser projetado para trás na descida <=
- -_Para descidas íngremes, o alerta é para o posicionamento dos pedais e do quadril. Os pés devem estar apoiados nos pedais, os joelhos flexionados, e o quadril deve tentar passar o selim, num movimento como se fosse o de sentar numa cadeira que esteja afastada. Quanto mais afastado o quadril, mais estabilidade terá a bike, porque o peso será colocado nas rodas de trás, evitando que a roda traseira levante e o ciclista seja ejetado da bicicleta.
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Qual a melhor maneira de fazer uma subida?
- -_Uma subida de mountain bike exige muita resistência física do atleta e esse pode ser o ponto crucial em uma disputa. De acordo com a atleta Adriana Nascimento, a primeira dica para uma subida de bike é ter força para pedalar.
- -_Outro ponto importante, assim como nas técnicas de descida é o posicionamento do corpo na bicicleta. Para subidas muito inclinadas, o ideal é sentar na ponta do selim e abaixar o tronco, levando o rosto em direção ao guidão, para transferir a força para a roda da frente e não acontecer da roda dianteira levantar e o corpo ir para trás.
=> Na subida é necessário força e abaixar o tronco <=
- -_ Além disso, esse movimento tira o peso também da roda de trás, facilitando a tração da bike. O ideal é saber ler o terreno e adequar sua força ao que ele exige. Também há o fator treino.
- -_ A atleta alerta para que haja sempre treinos intercalados em diversos tipos de terreno: subida lisa, com pedra, inclinada, de velocidade. Muitas vezes a leitura do terreno é que define a melhor posição para a subida, já que em alguns momentos, tirar o peso da roda de trás não ajuda a tracionar a bike em certos tipos de terreno. Quanto mais treino em diversos tipos de terrenos, melhor vai ser.
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Subidas exigem preparo físico e psicológico
- -_No mountain bike, as subidas são um ponto chave para vencer ou perder uma prova e um grande desafio também para aqueles que não competem. Elas exigem muito dos atletas, tanto física, quanto psicologicamente. Preparar-se para as subidas é de grande importância principalmente para aqueles que querem enfrentar os desafios de uma prova de cross-country.
- -_Em uma prova, treino ou pedalada, procure sempre entrar numa subida com a marcha certa para facilitar a tração e evitar a perda de equilíbrio em cima da bike. Para subir em pé use o bar end como alavanca e procure desenvolver velocidade (velocidade não quer dizer marcha pesada). Deve-se sempre procurar a marcha ideal para cada tipo de subida e de terreno.
- -_Por exemplo: numa subida curta seguida de uma descida é normal que se use marchas mais pesadas para não perder a velocidade. Mas num terreno íngreme e longo deve-se utilizar uma marcha mais leve e apropriada para o ritmo de cada um.
=> Em subidas longas, é importante manter o ritmo <=
- -_Nas subidas longas ou provas muito longas subir sentado e tentar impor um ritmo que seja sustentável até o final é uma boa pedida, pois um esforço exagerado pode ser fatal e custar algumas posições até a bandeirada final.
- -_Cada atleta tem suas características e estilo próprio de pedalada. O importante é que cada um respeite o limite do seu corpo.
- -_Subidas longas - Em subidas longas é necessário saber dosar a energia e o ritmo para não se desgastar demais no início, o que viria a prejudicar o rendimento do atleta do meio da prova para o final. Eu particularmente uso muito subir sentado e se perceber o ritmo diminuindo procuro pedalar em pé e acelerar o passo.
=> Preparo físico e psicológico fazem toda a diferença, principalmente em subidas mais íngremes <=
- -_O ideal é procurar sempre impor um ritmo que você suporte, o ritmo da pedalada também é importante. Usar a marcha certa com uma cadência que seja confortável para cada um é um ponto importante a se reparar. Às vezes a cadência do seu adversário não é a mais confortável para você.
- -_Quando empurrar a bike - Assim como saber manter-se de forma sustentável durante uma subida, é importante perceber o momento em que é melhor descer e empurrar a bicicleta. Principalmente em subidas íngremes, o esforço físico feito para vencê-las nem sempre é vantajoso. Além disso, o biker corre um grande risco de se desequilibrar e tombar de lado, podendo ferir-se.
=> Dependendo da situação, a melhor escolha é empurrar a bike <=
- -_Quando perceber que está sofrendo um desgaste físico muito grande, não hesite em descer da bike e empurrá-la rapidamente por alguns metros até encontrar um trecho mais plano. Este pequeno descanso também poderá ser importante psicologicamente.
- -_O fator psicológico - É fato que, além de um grande desgaste físico, as subidas causam muito desgaste psicológico mesmo nos bikers mais preparados. Dor, falta de ar e a sensação de desconforto podem ser minimizadas com um melhor preparo físico.
- -_Quanto melhor preparado fisicamente, menos o atleta ou praticante sofrerá diante deste desafio e melhor aproveitará as suas pedaladas. Fazer exercícios regularmente e treinar sempre que possível em trechos de subida são ações que ajudam bastante.
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Fonte: Webventure

Como passar as marchas da bicicleta

Foto: Willian Cruz
Foto: Willian Cruz
Uma dúvida que assola os iniciantes é como passar as marchas de forma correta. Este artigo tenta esclarecer essa questão, em linguagem simples e clara.
Nas bicicletas que têm engrenagens de marchas apenas na roda traseira – ou marchas internas, dentro do cubo (eixo) – não há muito segredo: um único passador é responsável pela mudança e é fácil perceber se a bicicleta está ficando “leve” ou “pesada”, o que torna a passagem de marchas bastante intuitiva.  Entretanto, quando há passadores dos dois lados do guidão, muita gente acaba se confundindo. Não se preocupe, isso é normal. Estamos aqui para te ajudar.
A explicação contida neste artigo é detalhada. Se não tiver paciência de ler tudo, pule direto para o box azul escrito Resumo, ali no meio da página.

Passador Revoshift. A parte bojuda é rotacionada com a mão para fazer a passagem de marcha.
Passador Revoshift. A parte bojuda é rotacionada com a mão para fazer a passagem de marcha.

Passadores

Em bicicletas que tenham apenas câmbio traseiro, há um único passador, geralmente no lado direito do guidão. Quando a bike tem câmbio dianteiro e traseiro, há dois passadores: um no lado esquerdo do guidão e outro no lado direito. Na esquerda, você tem sempre duas ou três posições; no lado direito, a quantidade varia de acordo com a quantidade total de marchas que você tiver (multiplique um número pelo outro para saber o total de marchas da sua bicicleta).
Sistema rapid-fire. Em destaque, a alavanca utilizada com o indicador. A alavanca do polegar fica embaixo do conjunto.
Sistema rapid-fire. Em destaque, a alavanca utilizada com o indicador. A alavanca do polegar fica embaixo do conjunto.
Os passadores podem ser de alavanca simples, duas alavancas (rapidfire,  EZ-fire, trigger shifter) ou de girar (grip shift, Revoshift).
Nos de alavanca simples, há uma única alavanca pequena que, conforme movida para um lado ou outro, aumenta ou diminui de marcha. Algumas bicicletas de estrada mais antigas têm essa alavanca no quadro, mas é um modelo pouco comum hoje em dia.
Os de alavanca dupla ou rapid-fire/EZ-fire têm alavancas separadas para aumentar e para diminuir, dispostas estrategicamente perto dos dedos indicador e polegar, de forma que você suba a marcha com um dedo e desça com o outro, tornando a passagem mais simples, rápida e eficiente.
O sistema Revoshift ou grip-shift  é formado por uma cobertura giratória próxima à manopla, que envolve parte do guidão e aumenta ou diminui a marcha conforme girada.
O que significa “Sistema Indexado”?
dica shimano
Foto: Orin Zebest (cc)
O sistema antigo de marchas funcionava como um rádio com dial manual, onde você tinha que acertar o ponto “na mão”. Foto:Orin Zebest (cc)
Até bem pouco tempo atrás a tecnologia de mudança de marchas era simples. Enquanto o ciclista pedalava, o câmbio traseiro ou dianteiro, acionado pelo cabo da alavanca de mudança de marchas, empurrava a corrente até ela engatar no próximo pinhão do cassete ou na próxima coroa do pedivela. Simples assim, era como se mudava a marcha da bicicleta. Acontecia muitas vezes, porém, do ciclista acionar demais ou de menos a alavanca, fazendo com que a corrente engatasse numa outra marcha. Com isso, muitas vezes o ciclista tinha que olhar para baixo para se certificar de que a marcha correta havia entrado. Era como tentar mudar de estação naqueles rádios antigos…
Foto: jypsygen (cc)
Como a troca de estação em um rádio digital, um botão faz a mudança de marcha, parando automaticamente na posição correta. Foto:jypsygen (cc)
A Shimano viu esta dificuldade e seus engenheiros procuraram solucionar o problema. Após muito estudo, tentativas, testes e mais testes, a empresa inovou e apresentou ao mundo a tecnologia SIS: Shimano Index System (Sistema Indexado Shimano). O SIS consistia em uma indexação da mudança de marchas: agora, o ciclista não tinha mais que “caçar a marcha certa”; com o SIS, ao fazer a mudança de marcha, ela engatava automaticamente e o ciclista ouvia um “clique”, o que lhe dava a certeza de ter mudado a marcha!
Assim a Shimano contribuiu definitivamente para a indústria da bicicleta, tornando o SIS um padrão da indústria mundial e facilitando a vida dos ciclistas profissionais e dos ciclistas de final de semana. Quando andar em sua bicicleta e estiver mudando as marchas, independente dos componentes serem Shimano ou não, lembre-se: aquele “clique” que você escuta ao mudar a marcha foi um desenvolvimento da Shimano.

Simples ou indexado

O sistema de câmbio pode ainda ser simples ou indexado. Os sistemas rapid-fire/EZ-fire são sempre indexados; os outros sistemas podem ser indexados ou não.
No câmbio indexado, conforme você troca de marcha nos passadores, a corrente “passa” para o lugar exato onde ela deve estar para que a próxima marcha entre e ouve-se um “clique”.
Já nos sistemas mais simples, é você quem tem que acertar o ponto da corrente para ela entrar na posição correta. Você saberá que ainda não está na posição correta se estiver fazendo barulho, enroscando, etc. A experiência de usar um sistema desses costuma ser bastante ruim.
O sistema indexado geralmente é mais vantajoso, mas precisa estar sempre regulado. Quando o câmbio desregula, ainda que milimetricamente, a passagem de marchas se torna difícil e às vezes a marcha não entra. O sistema se desregula com o uso, isso é normal, mas os conjuntos mais modernos levam mais tempo para desregular e tem a regulagem simplificada, podendo ser ajustados sem ferramentas e até mesmo sem parar a bicicleta, com dispositivos junto aos passadores.
Quando o mecanismo desregula, as marchas não passam corretamente e ficam “arranhando”, ou ficam pulando de uma posição para outra enquanto você pedala, o que pode até ocasionar uma quebra da corrente.
A maioria das mountain bikes tem três coroas, o que significa três posições possíveis para o câmbio dianteiro.
A maioria das mountain bikes tem três coroas, o que significa três posições possíveis para o câmbio dianteiro.

Passando as marchas

O passador do lado esquerdo move o câmbio dianteiro, que são as marchas das coroas – engrenagens que ficam no pedivela (onde se pedala). Elas têm esse nome porque se assimilam a uma coroa. A semelhança é remota, admito: parecem-se mais com coroas de espinhos do que com coroas de jóias. :)
No lado direito, move-se o câmbio traseiro, que chamamos também de catraca ou cassete (pronuncia-se K7). Há uma diferença técnica entre esses dois termos, mas ela não importa agora: qualquer dos dois que você usar, será entendido. Alguns ciclistas mais antigos chamam também de pinhão.
A ordem da passagem das marchas não é sequencial. Há uma sequência lógica, mas parece ser meio misturado mesmo. Para os exemplos abaixo, usei uma relação típica de 21 marchas, a mais encontrada no mercado, mas mesmo que sua bicicleta tenha uma quantidade diferente de marchas, você entenderá os exemplos.
A ordem correta para passar as marchas em um bicicleta de “21 velocidades”, em termos de esforço crescente, é a que está listada abaixo. Considere o primeiro número de cada par como a marcha da frente (a da coroa, geralmente do lado esquerdo do guidão) e o segundo como a de trás (catraca). Em ambos os casos, a marcha 1 é a mais leve (em algumas bicicletas, vem marcada com um L, que representa “low” – baixa).
1-1 / 1-2 / 1-3 / 2-2 / 2-3 / 2-4 / 2-5 / 2-6 / 3-5 / 3-6 / 3-7
Mas não tente decorar! Você vai perceber aos poucos qual a melhor passagem de marchas. Vai entender, por exemplo, que a 2-2 é realmente mais “pesada” para pedalar que a 1-3. Você pega isso na prática e acaba se tornando instintivo, por enquanto é só entender que elas são um pouco “misturadas”.

Resumo

O melhor mesmo é entender que marcha leve de um lado combina com marcha leve do outro!
1 na frente, 1 ou 2 atrás
2 na frente, 2 até a penúltima marcha na direita
3 na frente, duas últimas marchas atrás
É bem mais fácil de lembrar e funciona bem. Você usa a 1 e a 2 na direita com a 1 na esquerda, depois passa a esquerda pra dois e vai subindo a direita até a 6, depois muda a esquerda para 3 e depois usa a última na direita. Aos poucos você vai fazendo as variações, conforme pegar o jeito.
Se ainda assim estiver muito complicado, coloque a corrente na coroa do meio e mantenha ela ali, trabalhando apenas com o câmbio traseiro, até se acostumar.
Devo me preocupar com isso?
Segundo a Shimano, não. Se estiver com um grupo de componentes de sua fabricação, bem regulado e devidamente montado na bike (compatível, ajustado, etc.), o ciclista pode utilizar todas as marchas de sua bicicleta, sem se preocupar com o câmbio cruzado. O importante é evitar as marchas pesadas nas subidas e as marchas leves nas descidas.

Câmbio cruzado

Existem algumas combinações de marchas que evitamos, para não forçar o mecanismo: repare que se você colocar a 3 na esquerda e a 1 na direita, ou a 1 na esquerda e a 7 na direita (ainda no nosso exemplo de 21 marchas), a corrente fica muito esticada e um pouco torcida, desalinhada em relação ao quadro. Em alguns casos, ela fica até fazendo barulho, por roçar no mecanismo do câmbio dianteiro. Isso é o que chamamos de câmbio cruzado.
Essas posições forçam o conjunto todo e exercem uma pressão lateral para a qual, em muitos casos, a corrente não foi projetada para suportar. Como resultado, há desgaste prematuro do conjunto e em alguns casos até quebra da corrente. Evite as seguintes combinações: 1-6, 1-7, 3-1 e 3-2 (novamente tendo como base 21 marchas), ou seja, as duas combinações mais extremas de cada ponta. Se puder evitar também o 2-1 e o 2-7, também ajuda.
Quer dizer então que eu comprei uma bicicleta com 27 marchas mas não devo usar todas? Exatamente. A quantidade total de marchas representa apenas a quantidade de combinações possíveis, mas na prática não é recomendável usar todas. E, sinceramente, você não sentirá falta alguma dessas combinações. Não porque 27 ou mesmo 21 marchas sejam demais, mas sim porque o que importa são os limites máximo e mínimo de esforço/velocidade na pedalada. A combinação mais pesada em uma relação de 27 permitirá velocidade maior que a combinação similar de uma de relação de 18 – e a mais leve é *bem* melhor para as subidas em uma 27 do que em uma 18.

Passando mais de uma marcha por vez

Alguns sistemas permitem ao ciclista passar mais de uma marcha por vez. Isso deve ser feito apenas no passador da direita (câmbio traseiro), tanto para diminuir quanto para aumentar a marcha. Alguns câmbios indexados do tipo rapid-fire permitem fazer a mudança de duas em duas ou até de três em três marchas na relação traseira, com uma pressão mais forte do polegar.
Não é recomendável fazer isso na marcha dianteira (esquerda), senão a corrente pode enroscar no mecanismo ou até cair para fora das coroas.

Subidas

Nas subidas torna-se mais difícil passar a marcha, porque você está fazendo uma força de tensão maior na corrente ao pedalar. Isso dificulta ao mecanismo passá-la para outra posição, principalmente no câmbio dianteiro. A corrente “gruda” na coroa em que está: se estiver na frente, vai ficar fazendo barulho sem sair do lugar; atrás, mudará com um estalo, com impacto prejudicial na corrente.
Para facilitar essa passagem, pedale um pouquinho mais forte antes de fazer a passagem e, então, diminua a força que você está aplicando na pedalada enquanto faz a passagem, para fazê-lo girando mais leve, sem muita tensão na corrente. Para quem dirige automóveis, é mais ou menos o mesmo conceito da passagem de marchas em um carro, em que para subir a marcha você primeiro acelera um pouco, para então aliviar a aceleração enquanto pisa na embreagem e faz a passagem. Na verdade, usando essa técnica em um bom e velho Fusca você consegue até passar a marcha sem pisar na embreagem! :)
Cambio de Marcha Interna Nexus
dica shimanoSe mesmo após ler este artigo você ainda considera mudanças de marcha na bicicleta um assunto complicado, talvez um Cubo de Marcha Interna seja uma solução perfeita para você. Veja só:
    • Os Cubos Nexus da Shimano possuem 3 ou 8 marchas;
    • Trocar a marcha é fácil: basta girar a alavanca Revoshift e você faz a mudança, tornando-a mais leve ou mais pesada (para mais ou menos velocidade)
    • A mudança da marcha pode ser feita com a bicicleta parada ou em movimento!
    • Você não precisa fazer cálculos ou pensar em que marcha ou velocidade está, apenas vá mudando de marcha para encontrar a velocidade ideal para o seu pedal
    • Os Cubos Nexus não desregulam. A corrente não corre risco de cair
    • Os Cubos são selados e totalmente protegidos contra intempéries: a manutenção é feita em média de 2 em 2 anos
    • Os Cubos de Marcha Nexus são perfeitos para a mobilidade urbana: o sistema é utilizado em vários sistemas de bicicletas compartilhadas no Brasil, justamente pela facilidade de uso e baixa manutenção
    • Por serem simples na operação, são também indicados para bicicletas infantis, de passeio, urbanas e bicicletas femininas
    • Por fim, sua bicicleta fica com um visual clean e bonito sem câmbios dianteiro, traseiro e cassetes!
Experimente! ;)

Fonte: Vá de Bike