quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

BIKE FIT BREVE EM JANEIRO NA OFFICE BIKE

Quadro Ideal x Altura x Comprimento do cavalo (entre pernas)

Embora existam várias opções de tabelas e fórmulas prontas que prometem auxiliar no ajuste da bicicleta ao ciclista, apenas a avaliação personalizada de um profissional fitter corresponde a esta demanda, já que cada bicicleta e cada indivíduo são únicos.

 Revista Bicicleta por Carlos Menezes
31/12/2014
Quadro Ideal x Altura x Comprimento do cavalo (entre pernas)
Foto: Diego Cervo
Não existe, nem nunca vai existir, uma tabela que relacione a altura do ciclista com o tamanho do quadro, ou mesmo a altura do cavalo (entre pernas) com o tamanho do quadro. Embora isso tenha sido divulgado há anos como regra e parâmetro, esse argumento não possui nenhum fundamento. Uma tabela dessas seria semelhante a uma tabela que relacionasse a altura do indivíduo com o número do calçado: nela, todas as pessoas de uma determinada altura calçariam o mesmo número.
Vamos tratar o assunto por partes.

Geometria da bicicleta

O tamanho dos quadros não é padronizado, com isso o fato de um quadro apresentar um seat tube de determinado comprimento não quer dizer que ele seja igual a outro quadro com mesmo comprimento de seat tube. Assim, é muito comum uma pessoa possuir um quadro de uma determinada numeração e trocar por outro da mesma numeração, mas não se adaptar à nova aquisição. Inclusive, o ajuste mais fácil de adequar é o seat tube, pois para ajustar essa medida basta aumentar ou diminuir a altura do selim, salvo algumas exceções, em que mesmo com o canote na posição mais baixa o ciclista não alcance o pedal, ou o inverso, em que mesmo com o canote na posição mais alta o ciclista ainda mantenha sua perna flexionada quando o pé estiver no ponto baixo da pedalada.
O mesmo se aplica ao comprimento do top tube. Embora apresente um pouco mais de sentido na avaliação dessa medida, ela ainda é pouco significativa na escolha do quadro ideal. Duas bicicletas podem apresentar mesmo comprimento de top tube e apresentar posicionamentos diferentes para um mesmo ciclista. Tudo vai depender da distribuição dessas medidas e seus respectivos ângulos dentro da geometria do quadro.
Baseado nisso, podemos achar dois quadros com diferentes medidas de seat tube e top tube e que apresentem o mesmo posicionamento ideal para um ciclista. Para entender melhor o que foi dito, dependendo da geometria do quadro é possível que um mesmo ciclista encontre seu posicionamento ideal em uma bike M de uma marca/modelo e em uma bike L de outra marca ou modelo.
Por mais absurdo que pareça, em um primeiro momento é exatamente isso que acontece. Basta observar as bikes aro 29. Uma bike 15 aro 26 e uma bike 15 aro 29 apresentam geometrias completamente diferentes, mesmo que os comprimentos de seat tube e top tube delas sejam semelhantes.
O que muda então de uma bike para outra? A altura e alcance da caixa de direção. As bicicletas de uma maneira geral tendem a ser mais altas e mais curtas, ou mais baixas e mais compridas, mas isso não é uma regra, algumas bikes ainda apresentam geometrias de frente alta e comprida ou baixa e curta.

Condicionamento físico

Se o quadro ideal é aquele que permite que material biológico – corpo - e material mecânico – bike - funcionem em perfeita harmonia como uma peça única, é fundamental uma profunda avaliação da condição física do ciclista no momento do ajuste ou escolha do melhor quadro.
Assim como uma pessoa que emagrece precisa fazer pregas na cintura de sua calça e uma pessoa que engorda precisa descosturar as pregas para continuar vestindo a calça, à medida que o ciclista aumenta ou diminui seu peso e medidas corporais, melhora ou piora sua flexibilidade, fortalece ou enfraquece sua musculatura, ele com certeza precisará refazer seus ajustes na bike. Assim, no momento da compra da bike deve ser considerado não somente o condicionamento físico do atleta, bem como onde ele objetiva chegar. Dessa maneira é possível optar por uma bike que o atenda no primeiro momento, bem como permita ajustes assim que ele melhorar seu condicionamento físico, peso, flexibilidade e fortalecimento.
Hoje em dia já é comum encontrarmos sites que oferecem um bike fit por meio de um tutorial. O atleta mede o comprimento das partes do seu corpo e coloca esses números em uma planilha que fornece uma série de medidas para serem instaladas na bike. Alguns ciclistas defendem o uso dessas planilhas ou softwares argumentando que mesmo não sendo funcionais, esses ajustes são melhores do que nada. Pois afirmo que esses ajustes e nada são a mesma coisa. Primeiro porque para realizar essas medidas com precisão é necessário não só possuir equipamentos adequados, bem como relacioná-los com os diferentes graus de flexibilidade/extensão do ciclista.
A avaliação é tão importante que metade das duas horas de uma sessão de bike fit são dedicadas a esse item e permite que quando o ciclista subir na bike, o fitter já tenha uma boa noção do que pode ser feito para ajustá-lo na bike.

Relacionando geometria e avaliação física

A verdade é que bike fit é coisa séria e fitter é profissão. A escolha de um quadro ideal ou ajuste de posicionamento é o que vai definir se uma pessoa vai ter prazer ou não em utilizar uma bicicleta. Uma bike que ofereça prazer ao ciclista permitirá que ele se torne ciclista, por outro lado o desconforto e sofrimento fazem com que a pessoa desista de pedalar.
Atualmente, muitas pessoas se dizem fitter e ajustam bicicletas sem nenhuma fundamentação. Trabalham no achismo e comprometem a saúde física de várias pessoas. Portanto é bom entender que bike fit é ciência e que para utilizá-la é preciso estudar, se formar em bike fit e saber utilizar esses conhecimentos. 
Alguns “ajustadores” se defendem dizendo: “mas nenhum cliente meu nunca sentiu nada”. Sentimento é assunto para psicólogos, e sentimento não pode ser medido. Quando falamos em bike fit estamos falando em performance, conforto, prevenção de lesões, e estes são parâmetros mensuráveis que podem ser medidos e melhorados a cada sessão.
O que precisa ser entendido é que cada profissional possui uma formação e cada qual é o melhor naquilo que se propõe. Portanto, se quer comprar o melhor equipamento, consulte seu vendedor para que ele possa orientá-lo sobre tecnologias, funcionamentos, peso, preço, materiais, uso etc.; para ter o melhor funcionamento procure pelo seu mecânico para que lhe informe sobre os melhores ajustes, regulagem e reparos; para ter o melhor posicionamento procure pelo seu fitter a fim de obter o ajuste perfeito entre seu corpo e a bike; se possui uma lesão procure seu fisioterapeuta para que possa reabilitá-lo e se deseja treinamento para melhorar sua performance procure pelo seu preparador físico. Quando esses profissionais atuam em conjunto numa equipe multidisciplinar, aí sim o ciclista está bem amparado em todos os sentidos. Se quiser ter prazer no esporte faça a coisa certa, não existem atalhos.
Finalizando, não existem regras, fórmulas, tabelas ou softwares milagrosos para trabalhar com tantas variáveis, assim cada caso é um caso, cada pessoa é uma pessoa e cada bike é uma bike.


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

7 ERROS QUE CICLISTAS DEVEM EVITAR

Nutricionista Esportiva Grasiele Castilho
7 ERROS QUE CICLISTAS DEVEM EVITAR


Treinar durante horas e não se alimentar corretamente é um erro cometido mais vezes do que se pensa, e deve ser evitado a todo custo, pois todo o exercício terá sido em vão e seu organismo não saberá como agir. Confira os 7 alimentares que você deve aprender a evitar.

1) Cortar o carboidrato e exagerar na proteína: o carboidrato é a primeira fonte de energia usada pelo corpo. Estando em falta, o organismo irá utilizar a proteína, impedindo que ela agregue à formação muscular.

2) Preocupar-se com a quantidade de calorias, sem analisar a qualidade: para um efetivo ganho de massa muscular é essencial que sua alimentação contemple todos os grupos da pirâmide alimentar.

3) Pular refeições: quem pratica esportes deve fazer refeições com intervalos de até 3 horas. Quando você passa muito tempo sem se alimentar, o organismo entende como uma emergência, criando o hábito de armazenar gorduras para tais momentos.

4) Não comer antes e depois do treino: fazer um pequeno lanche garante melhor desempenho no treino, por equilibrar os níveis de glicose.

5) Retirar toda a gordura da alimentação: para que o organismo funcione perfeitamente, a dieta deve conter gordura sim. O melhor é dar preferência à chamada “gordura boa”, como as presentes em nozes, castanhas e azeite de oliva.

6) Apostar só nos suplementos alimentares: desde que indicados por profissionais, os suplementos podem ser bons aliados, porém não devem substituir refeições balanceadas.

7) Consumir bebidas alcoólicas: o álcool causa desidratação, sobrecarga dos rins, fígado e cérebro. Afeta a força e o equilíbrio, além de comprometer a reserva de glicogênio hepático, matéria prima da formação dos músculos.

Procure um NUTRICIONISTA especializado

A avaliação individual é fundamental!

Treine e se alimente com precisão !

Compreende porque o acompanhamento de um Especialista pode ser decisivo ?? Percebe que o acompanhamento de um NUTRICIONISTA individualizado pode fazer toda a diferença ??

Antes de fazer qualquer estratégia que se refere à alimentação procure um NUTRICIONISTA que possa te passar informações verdadeiras, ajudando-o a solucionar problemas e alcançar resultados. Lembrando sempre que o patamar da saúde é alimentação equilibrada e exercício físico regularmente.

Não aceite tomar nada indicado por gente despreparada. Portanto, o NUTRICIONISTA pode incluir suplemento em sua dieta caso ele analise que você tem a real necessidade, dosando a quantidade a ser usada com base em fatores como seu peso, o horário a ser tomado, a interação com outros nutrientes, quantidade total de ingestão, etc...

Procure sempre um profissional de confiança, pesquise e questione.


segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Uso correto da bicicleta ajuda a evitar lesões




Uso correto da bicicleta ajuda a evitar lesões
Foto: Eduardo Martins | Ag. A TARDE
O bom tempo, a proximidade do verão e o início das férias são um convite à prática de esportes ao ar livre, como o ciclismo. No entanto, antes de sair por aí a pedalar, é preciso estar atento ao uso correto da bicicleta.
De acordo com dados do estudo Ergonomia Aplicada ao Design de Bicicletas, desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP), cerca de 30% dos ciclistas brasileiros -  profissionais ou amadores -  sofrem ou já sofreram de dores na coluna e ou problemas musculares por conta do uso indevido  do equipamento.
O levantamento aponta que, entre as consequências mais comuns da prática incorreta estão lesões musculares, hérnias de disco, artroses, tendinites, incontinência e infecções urinárias e até problemas de ereção.
Especialista em osteopatia, o educador físico e fisioterapeuta Marcelino Lima alerta, também, para o aparecimento de dores na região lombar, cervical, nos joelhos e na panturrilha.
Para evitar problemas músculo-articulares,  ele recomenda que os ciclistas, sobretudo os que só praticam o esporte de forma eventual, observem  a altura e condições do banco (selim), a distância do guidom e o tamanho do quadro.
"O mercado possui uma variedade de bicicletas, das mais simples às mais equipadas. Porém, é possível obter conforto ao pedalar após ajustes simples", afirma.
Adaptação
Regular a altura do selim é a medida que o especialista considera como fundamental ao conforto e à saúde. "Um banco muito baixo requer que se dobre ainda mais o joelho, o que pode acabar machucando-o, além de causar lesões no quadril", diz Marcelino Lima.
Para fazer o ajuste, basta se posicionar ao lado da bike e erguer o banco até a altura do osso da bacia. "Nesse tamanho, o ciclista vai tocar o chão apenas com a ponta do pé", esclarece.
É preciso estar atento também ao conforto do banco: "O selim não pode ser muito duro, pois pode ocasionar a compressão do nervo pudendo, na região genital", explica.
O fisioterapeuta recomenda, ainda, que o ciclista mantenha a coluna ereta durante todo o tempo de pedalada.
"É comum, ao pedalar, flexionar   a coluna para frente de forma excessiva. Se posicionar bem sobre o veículo é a melhor maneira de evitar  dores", completa.
Reabilitação
Embora o ciclismo possa ser um vilão para a saúde de quem pratica o esporte de forma inadequada, quem o utiliza  de forma correta percebe melhoras significativas no tratamento para dores na coluna e musculares.
A designer Márcia Meneses, 41, usa a bicicleta como meio de transporte desde 2009, quando decidiu vender o carro. Depois que começou a pedalar com mais frequência, as dores decorrentes de uma hérnia de disco melhoraram significativamente.
Márcia sempre foi esportista, mas dispunha de pouco tempo para  exercitar-se por conta do trabalho. "Eu passava muito horas sentada. Quando comecei a usar mais a bicicleta, percebi  que as dores  provocadas pela hérnia reduziram bastante", relata.
Para  sentir-se mais confortável, a designer optou por  uma bike sem marchas - que, segundo ela, parece ser mais leve - e teve todo o cuidado de adaptá-la de acordo com a própria estatura.
"Me preocupo, também, com a postura. Como pedalo por toda a cidade, procuro permanecer numa posição ereta", afirma.
O ciclismo foi a recomendação do ortopedista do aposentado João Jorge Araújo, 64, para tonificar os músculos da perna após passar sete meses sem se exercitar por conta de uma cirurgia.
"Sentia que não tinha muita firmeza ao caminhar. A bicicleta me deu mais força e segurança", afirma.

REVISTA BICICLETA

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Doping placebo: Pesquisas avaliam efeito de se ACHAR que está dopado

Autor: Henrique Andrade
Qual será o efeito de se achar que tomou alguma substância para ganho de performance? Pesquisadores da Universidade de Glasgow analisaram os efeitos do Doping Placebo.

Para realizar os testes, a universidade convidou 15 corredores amadores (competitivos) para testar uma “nova droga” que prometia aumentar a performance deles. A droga fictícia foi chamada de OxyRBX, que teria uma efeito semelhante ao EPO (Eritropoetina), que aumenta a capacidade do sangue de carregar oxigênio e ser absorvido pelo músculos.
Todos os ciclistas que receberam a substância, que na verdade era uma placebo salino, bateram seus records pessoas em um percurso de 10km.
Em testes avaliando corridas de 3km durante uma semana, em média todos melhoraram 1,2% em relação aos 7 dias anteriores, nos quais eles correram sem a substância.
Com isso dá para ter uma ideia do poder da mente sobre nossa performance.

PraQuemPedala